quinta-feira, 5 de abril de 2012

Dog Days are Over

O tempo passou…. Acho que me acostumei com a via no Rio. Dia após dia, emoção após emoção... e foram muitos... tantos os dias quanto as emoções.

Crescer. Esse é o termo exato. E ainda me pego perguntando como? Como crescer? Como saber que vc cresceu? Eu certamente não me sinto menos do que a criança que eu era com 15 anos. Alcool? Já existia naquela época? Cigarros? Nunca fizeram parte da minha vida. Carro? Bom, mas me virava bem com as caronas. Sexo? O único diferencial, mas isso tbm não me torna adulta.

Nossa ... Muito se há pra contar. Nessa jornada para a tão desejada maturidade e “liberdade”.

Esses últimos quatro meses foram uma jornada de autoconhecimento. Posso enumerar todos os infames, divertidos, tenebrosos, tensos, deliciosos e desajeita dos momentos. Posso relatar as vitórias, as derrotas e até os empates.

Mas eu só sei falar de uma coisa... de sentimentos. Eu sou assim,fazer o que. Talvez a minha bizarra emotividade seja meu grande trunfo em algumas horas e meu ponto fraco em outras.

“Você é uma atriz! Nasceu pra isso!”

Foi a melhor coisa que já me disseram no Rio. Vitória da minha emotividade. Pois o que é um ator sem suas emoções? O que seria da musica sem elas? Como existiriam? Não emprestamos emoções, nem as copiamos... apenas fabricamos para o público. Mas para fabrica-las com propriedade é preciso viver muitas dela... um turbilhão. Coisa de gente doida. Eu certamente sou gente doida.

“Como Deus uniu duas pessoas que estão passando pela mesma coisa?”

Este foi um empate. Talvez mais vitória do que empate... Certas questões eu realmente mão consigo entender. São místicas da vida. Umas delas é o tempo, que traz, no meu caso, as melhores pessoas, como Lara... Uma brincadeira do tempo me trouxe pra bem do lado dela... para que possamos juntas talvez compreender outras questões.É vida, muita vida... Nem sempre ela é linear. Lara, essa minha nova irmã, é a vitória do meu tempo... e as místicas da vida minha derrota... enfim, empate.

Ai você me pergunta: e o amor? Como falar de sentimentos sem falar do maior deles... é que as vezes consigo até me esquecer dele... porque acho que naum sei lidar muito bem com isso.. Na verdade acho que nunca soube... Quer dizer, não serei injusta... há sempre muito amor. Vários tipos de amor. Recebi sim... muito amor. De vários tipos. Pelo menos dos tipos com os quais eu sei lidar. Mas os outros tipos as vezes o tempo me tira da cabeça. E é essa “vida que se segue”, “as peças que não se encaixam”, o maior motivo de eu não saber lidar com o amor, quer dizer... com esse tipo de amor. Dizem que eu me relaciono bem... que eu lido bem com isso... não sei mais, mas talvez não haja nada pra saber.

Tá... Não é um post engraçado, não é uma crônica urbana... talvez os últimos posts sejam meio escuros, obsucuros... mas são apenas reflexivos. A essência de crescer talvez seja pensar, compreender... Eu vou pensando... pq compreender eu já faço demais.